Poucos jogos para celular despertam o mesmo interesse e entusiasmo que Oceanhorn 2. É uma grande aventura que parece, soa e funciona como uma combinação de vários jogos de ‘The Legend of Zelda’, evocando uma criança pequena que agarra e reorganiza partes de seus brinquedos favoritos.
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Prometendo uma aventura de RPG carnuda para jogar em movimento, não é surpresa que ele tenha sido lançado como o garoto-propaganda do Apple Arcade. O resultado da abordagem rigorosa do desenvolvedor Cornfox & Bros para criar um jogo móvel semelhante ao console é uma experiência que de forma alguma joga com os pontos fortes da plataforma, mas que ainda é muito bem-sucedida como uma vitrine técnica e uma bem-intencionada carta de amor para todas as coisas Zelda.
Ao mesmo tempo, o fato do apelo da série estar tão enraizado na imitação dos clássicos da Nintendo continua sendo uma de suas principais limitações. Com a chegada da Golden Edition, eu esperava ver refinamentos e uma personalidade mais única brilhar. E enquanto faz grandes avanços com o primeiro, ‘Oceanhorn 2’ permanece em grande parte parado quando se trata do último.
Uma história padrão, mas interessante
A história começa 1.000 anos antes do jogo original. Você assume o papel de um cavaleiro em ascensão encarregado de sair em uma missão para unir as nações de Gaia contra Mesmeroth e seu exército tecnologicamente avançado. Desta vez, você tem seguidores que o ajudarão em combate e podem ser reposicionados manualmente mirando e dizendo a eles onde ficar. Eles estão bem, embora um pouco inconsistentes em seu comportamento.
Gen, um robô samurai, e Trin, a neta de um líder poderoso, são membros simpáticos do grupo. Além disso, a adição de novas linhas de voz ajuda a dar vida extra ao elenco. A narrativa é de fantasia padrão, mas a mistura de ficção científica de alta tecnologia e designs mais medievais de Gaia é regularmente suntuosa, agora mais do que nunca com os aprimoramentos visuais da Golden Edition, que incluem nova simulação de água baseada em física, animações aprimoradas e um modo opcional de 60 FPS.
Uma mudança de visual
Aqueles que se lembram do ‘Oceanhorn’ original saberão que ele foi tocado de uma perspectiva de cima para baixo. A maior mudança na sequência, então, é a mudança para uma visão em 3ª pessoa por trás do ombro. Isso abre muito as oportunidades de travessia e combate, especialmente ao explorar os ambientes mais abertos e muitas vezes exuberantes do jogo.
Essas áreas geralmente são grandes o suficiente para oferecer motivos para se aventurar fora do caminho batido sem sofrer o mesmo inchaço de mundo aberto que atormentou títulos semelhantes no passado. Isso também significa que sua narrativa se move em um clipe justo, já que você nunca fica atolado em trabalhar com conteúdo paralelo sem fim. Minha preocupação com a Golden Edition era que ela conteria mais enchimento que a versão vanilla conseguiu evitar. Felizmente, as últimas adições provam ser muito bem-vindas.
Os inimigos oferecem um bom desafio
Chefes laterais ocultos, um escudo defletor e uma masmorra extra complementam a experiência no final do jogo e oferecem novos motivos para retornar a regiões anteriormente exploradas. Mas enquanto os novos inimigos oferecem um bom desafio, eles também destacam as restrições dos controles e o combate complicado.
Enfrentar grandes grupos de uma só vez pode ser monótono. Além disso, o fluxo da batalha ainda parece um pouco lento, com os inimigos telegrafando seus ataques muito ou pouco. E, no entanto, ainda me encontro consistentemente surpreso pelo fato de ser jogável. Parece que estamos quase lá. Estamos tão dolorosa e tentadoramente próximos.
Muitos acertos na reinvenção da Nintendo
A exploração geral e os quebra-cabeças se saem melhor do que as seções mais intensivas em combate, e as masmorras acessíveis ainda são um destaque. Em geral, a Cornfox & Bros claramente fez um grande esforço para traduzir o que faz a série da Nintendo funcionar, adaptando os fundamentos dessas aventuras – os sentimentos, visões, sons e loops – enquanto faz as concessões necessárias e integra mais alguns recursos padrão do Gênero RPG, incluindo um sistema XP.
Além disso, também é interessante ver o que a equipe aprendeu ou tirou de ‘Breath of the Wild’, e a resposta é, surpreendentemente, não muito. Sim, há um medidor de resistência e uma inclinação um pouco mais pesada nos quebra-cabeças desta vez. No entanto, eu diria que a sequência realmente apenas mergulha um dedo do pé na visão reinventada da Nintendo.
Um jogo sem a própria voz
Sua natureza mais linear e maior foco em masmorras tradicionais vão arranhar a coceira que ‘BOTW’ nunca teve, mas há um limite para essa abordagem que o jogo rotineiramente esbarra. Além de ser jogável em dispositivos móveis, o que exatamente ‘Oceanhorn 2’ oferece? Uma lista de tropos que, embora muito confortáveis e tecnicamente adequados, lutam para se consolidar como algo maior do que um substituto para outro jogo.
Meu problema não é que ‘Oceanhorn 2’ tenha uma grande influência de Zelda, é que ele identifica o que está no coração desses jogos, se constrói em torno desse núcleo e, em grande parte, para por aí. Como resultado, ele nunca encontra sua própria voz ou atinge as alturas do melhor da Nintendo, sem a ousadia narrativa e mecânica de ‘Majora’s Mask’ ou o charme avassalador de ‘The Wind Waker’.
Conclusão
‘Oceanhorn 2’ é um substituto tão sólido quanto se poderia esperar no celular, mas um terceiro jogo em potencial faria bem em se libertar e entregar uma aventura verdadeiramente própria.
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