É bem seguro dizer que, apesar de seu status como a franquia de jogos esportivos de console mais popular do mundo, a EA não tem certeza do que fazer com o ‘FIFA Mobile’. A empresa já tentou torná-lo uma porta bem direta de seu primo de console antes de mudar para se concentrar estritamente no ‘Ultimate Team’ nos últimos dois anos, uma mudança que funcionou bem.
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Mas aparentemente isso não se encaixava perfeitamente, e é por isso que agora temos o ‘FIFA Mobile’. Em termos de design de jogo e a remoção do ano do título, é uma tentativa de fazer pelo futebol o que ‘Madden NFL Mobile’ fez pelo futebol americano. Assim, ele destilou o esporte em pedaços pequenos e criou uma plataforma contínua que precisa apenas de atualizações sazonais em vez de novos títulos todos os anos. Bom, se ao menos funcionasse quase tão bem.
A estrutura geral mantém muito do mesmo espírito dos jogos do ‘Ultimate Team’, no sentido de que você está procurando construir o melhor time de futebol possível a partir de uma ampla seleção de jogadores da vida real. As moedas ganhas durante o jogo podem ser gastas em pacotes de cartas para mais jogadores. Além disso, há um extenso sistema de tokens e troféus que permitem que você persiga alguns dos melhores que o esporte tem a oferecer.
Essa parte funciona muito bem para ‘Madden’ e deve funcionar perfeitamente bem no ‘FIFA’ também. É em todos os outros lugares que ocorre os problemas.
Um jogo confuso
Montar uma equipe é desnecessariamente confuso, pois você desbloqueia diferentes formações e táticas à medida que avança. Mas enquanto você nunca precisa de mais de três atacantes, você acabará tendo oito em sua lista, com jogadores diferentes recebendo a chamada dependendo da formação que você selecionar. Descobrir quem jogará em qual configuração é uma questão de tentativa e erro no início. E parte disso depende de onde você coloca os caras na tela do time, em vez de apenas escolher os melhores homens para o trabalho automaticamente. Não é intuitivo de forma alguma.
A confusão continua quando se trata dos vários modos de jogo. O ‘FIFA Mobile’ está estruturado em três pilares de jogabilidade, novamente muito semelhantes ao ‘Madden Mobile’. São eles: Eventos ao vivo, que são desafios curtos para ganhar várias recompensas. Um modo de temporada, onde você coloca seu time contra vários clubes do mundo real. Por fim, há o jogo frente a frente, seja direto ou em torneios da Liga criados pelo usuário.
Não há nada de errado com essas duas primeiras categorias, exceto por um sistema de energia que pode ser muito restritivo no início. O multiplayer é algo totalmente diferente, e isso é feito da maneira mais confusa possível. Embora dificilmente possa haver um esporte mais inadequado para o jogo assíncrono do que o futebol, é exatamente isso que o ‘FIFA Mobile’ apresenta.
Um jogo que fica aquém da qualidade esperada
No modo de ataque, você joga apenas as posses do seu time com a bola no lado atacante do campo. A ideia é marcar o maior número possível de gols em um tempo. Além disso, cada “posse” dura até você marcar ou o outro lado limpar a bola além do meio-campo. É um conceito que funciona bem no futebol americano, que é facilmente dividido em drives, mas parece tão bizarro quanto parece no futebol.
Isso poderia ser pelo menos parcialmente esquecido se a ação em campo fosse suave e satisfatória, mas nem sempre é uma dessas coisas. Apesar das opções para controles de toque e botões virtuais, há momentos em que você não se sente totalmente no controle de seus jogadores. A EA merece crédito por apertar as coisas a esse respeito enquanto o jogo estava em “soft launch. Mas se o objetivo é uma experiência de qualidade de console, esse game fica um pouco aquém.
Conclusão
Com toda a certeza, muitos fãs de futebol provavelmente ainda migrarão para o ‘FIFA Mobile’ simplesmente porque ninguém mais tem tantas licenças para equipes reais e faz apresentações como a EA. Se isso for suficiente para você ficar viciado, você poderá ignorar suas verrugas e se divertir com isso. A empresa provavelmente está cansada de mexer com o que deve ser um vencedor infalível, mas minha esperança pessoal é que a EA continue com a FIFA, porque ainda não encontrou a fórmula móvel certa para isso, e sua “Maddenização” é um passo no direção errada.
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